
Biologia e Geologia

«Da Natureza, tire apenas fotos e deixe apenas pegadas»

Adaptações nutricionais de algas e fungos de meios terrestres
Os líquenes são associações simbióticas entre algas e fungos que se encontram amplamente distribuidas nos ecossistemas terrestres. Os líquenes podem ser classificados consuante a organização do seu talo destinguindo-se três tipos:
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Líquenes com talo crustáceo;
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Líquenes com talo fruticuloso;
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Líquenes com talo foliáceo.
Material:
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Microscópio Ótico;
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Lupa binocular;
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Liquenes - crustáceo, fruticuloso e foliáceo;
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Caixas de petri
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Lâminas e lamelas;
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Bisturi;
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Água.
Todas as fotos aqui apresentadas são de autoria: Jéssica Constantino.








Conclusão:
Depois de umas pesquisas aprofundadas acerca dos líquenes posso concluir que:
Os liquens são associações simbióticas de mutualismo entre fungos e algas. Os fungos que formam liquens são, em sua grande maioria, ascomicetos (98%), sendo o restante, basidiomicetos. As algas envolvidas nesta associação são as clorofíceas e cianobactérias. Os fungos desta associação recebem o nome de micobionte e a alga, fotobionte, pois é o organismo fotossintetizante da associação.
Assim os líquenes são organismos resultantes da simbiose entre um fungo chamado micobionte e alga ou cianobactériachamado ficobionte.
Importância Económica:
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Os líquens produzem ácidos que degradam rochas e ajudam na formação do solo, tornando-se organismos pioneiros em diversos ambientes. Esses ácidos também possuem ação citotóxica e antibiótica.
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Quando a associação é com uma cianobactéria, os liquens são fixadores de nitrogênio, sendo importantes fontes de nitrogênio para o solo.
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Os líquens são extremamente sensíveis à poluição, sobrevivendo de bioindicadores de poluição, podendo indicar a qualidade do ar e até quantidade de metais pesados em áreas industriais.
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Algumas espécies são comestíveis, servindo de alimento para muitos animais.
De acordo com a natureza desta associação, podemos distinguir vários tipos estruturais de líquenes: desde a mais simples, em que o fungo e alga juntar-se casualmente, a mais complexa, em que o resultado micobionte e ficobionte num talomorfologicamente muito diferente da que formada separadamente, e em que a alga é numa camada sob a protecção do fungo.
Quanto á sua morfologia estes podem dividir-se em três tipos:
Crostoso (com talo crustáceo): o talo é semelhante a uma crosta e encontra-se fortemente aderido ao substrato. Não apresenta córtex inferior (Fig 61 e 64).
Fruticuloso (com talo fruticuloso): o talo é parecido com um arbusto e tem posição ereta. O talo é constituído por filamentos cilíndricos ou filamentos ligeiramente achatados apresentando uma estrutura interna em que o córtex circunda a camada algal e a medula (Fig 63 e 66) .
Folioso (com talo foliáceo): o talo apresenta contorno subesférico e é formado por lóbulos imbricados e um pouco arredondados na margem que lhe conferem um aspeto semelhante ao das folhas (Fig 62 e 65).
Fig 61: Líquene com talo crustáceo.
Fig 63: Líquene com talo fruticuloso.
Fig 62: Líquene com talo foliáceo.
Fig 64: Líquene com talo crustácio observado á lupa - ampliação 10x.
Fig 65: Líquene com talo foliáceo observado á lupa - ampliação 10x.
Fig 66: Líquene com talo fruticuloso observado á lupa - ampliação 10x.
Fig 67: Líquene com talo crustácio - preparação de líquenes para a observação ao microscópio.
Fig 68: Líquene com talo crustácio observado ao microscópio - ampliação 100x.
Fig 69: Líquene com talo crustácio observado ao microscópio - ampliação 100x.
Procedimento:
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Distribuiu-se os líquenes pelas caixas de petri como mostra as figuras 61, 62 e 62;
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De seguida observou-se á lupa os mesmos e identificou-se os tipos de líquenes;
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Observou-se cada um dos líquenes ao microscópio (neste atividade apenas foi observado o líquene crustáceo) com a ajuda do bisturi, colocando o material na lâmina sobreposto por uma lamela
Nota: É importante fazer cortes bem finos no material para que seja possível a observação ao microscópio.
Alguns cloroplastos