
Biologia e Geologia

«Da Natureza, tire apenas fotos e deixe apenas pegadas»
«Na galeria Tintos e Tintas, em Lisboa, o fim de tarde foi à volta das rochas e da sua influência nos vinhos.
A lógica é imbatível: sem rochas não haveria solo, sem solo não poderiam existir vinhas e sem estas, claro, não haveria vinho. Portanto, a culpa é das rochas. Risos na sala. Galopim de Carvalho, com o seu bom humor de sempre, atacou o tema, a geologia do vinho, de sorriso largo no rosto. Foi ontem, ao fim da tarde, na galeria Tintos e Tintas, em Lisboa. Falou-se de tintos, de brancos, de terrenos e de microclimas e de como tudo isto se conjuga às vezes na perfeição absoluta dentro de um copo.
Para o geólogo, professor, e antigo diretor de Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, a geologia é uma espécie de segunda pele. O vinho, confessa, nem tanto. "Não percebo nada de vinhos, lá em casa quem escolhe, e percebe, é a minha mulher". Mas aprecia, isso sim. "Dantes gostava de beber uns brancos fresquinhos, mas era mais pela frescura, hoje bebo sobretudo tinto, até com marisco". Mais risos.
A geologia, então. Há muito que se pode dizer da sua relação com os vinhos. Por exemplo, da variedade das rochas e das subtilezas que os seus diferentes elementos químicos imprimem ao produto final. As rochas são muito variadas e, independentemente de todos os outros fatores em jogo, como o clima, os microclimas, as horas de sol, a proximidade do mar, a altitude da vinha, a humidade ou a falta dela, etc., etc.,um xisto ou um calcário, um terreno arenoso ou um chão de granito definem a natureza do solo e têm uma influência própria em cada tinto, em cada branco, e também nos vinhos generosos a que dão origem.»
Ver notícia no «Diário de notícias» (fonte: http://www.ulisboa.pt/wp-content/uploads/H%C3%A1-uma-geologia-do-vinho-Sim-diz-Galopim-de-Carvalho.pdf):
Comentário:
Achei a notícia muito interessante pois não fazia a ideia de que a geologia podia relacionar-se desta maneira com a produção de vinhos.
Há uma geologia do vinho? Sim, diz Galopim de Carvalho


