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   «Um grupo de cientistas liderado por portugueses descobriu uma nova fratura tectónica em formação ao largo da costa portuguesa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   A hipótese de se estar a formar no oceano Atlântico uma nova zona de subdução na margem sudoeste ibérica é admitida num estudo publicado na revista científica de referência internacional "Geology".

 

   As zonas de subdução correspondem às fronteiras das placas tectónicas de bordos destrutivos ou margens ativas, onde a placa oceânica é destruída mergulhando sob a placa continental.

 

   As zonas de subdução correspondem às fronteiras das placas tectónicas de bordos destrutivos ou margens ativas, onde a placa oceânica é destruída mergulhando sob a placa continental.

 

   O estudo foi feito por investigadores do Instituto D. Luiz, da Universidade de Lisboa, em colaboração com cientistas da Universidade de Monash, em Melbourne (Austrália), e da Universidade de Brest (França), sendo liderado pelo geólogo português João Duarte, atualmente a trabalhar naquela universidade australiana.

 

   INSTABILIDADE SÍSMICA E VULCÂNICA MUITO FORTE NO FUTURO 

 

   A possibilidade avançada por este estudo implica que, à escala do tempo geológico (cerca de 20 milhões de anos), esta região pode vir a tornar-se numa margem continental semelhante à das regiões periféricas do Pacífico, onde a intensa atividade tectónica gera uma instabilidade sísmica e vulcânica muito forte.

 

   A intensa atividade do chamado Anel de Fogo do Pacífico ficou bem patente na catástrofe que atingiu o Japão em março de 2011, quando a um terramoto de magnitude 9 na escala de Richter se seguiu um tsunami que varreu toda a costa, fez milhares de vítimas e provocou um acidente na central nuclear de Fukushima.

 

   Por isso são zonas muito mais calmas quanto à quantidade e magnitude dos sismos. Um dos maiores mistérios atuais da geologia e da geofísica é, precisamente, como é que a partir de margens passivas (de tipo Atlântico), se geram margens ativas (de tipo Pacífico) onde ocorre subducção, destruição de crusta oceânica e intensa atividade sísmica.

 

   TERRAMOTOS DE 1755 E 1969 FORAM PRENÚNCIO 

 

   De acordo com esta ideia, a importante sismicidade histórica desta região - onde se destaca o terramoto de 1755 (magnitude estimada entre 8,5 e 8,8 na escala de Richter) ou o de 1969 (de magnitude 6,9) - constituiria o prenúncio de uma tal transformação.

 

   O problema é que os cientistas têm defendido que não existem na natureza forças suficientemente grandes para romper a crusta terrestre e originar uma nova zona de subdução.

 

   Esta ausência adensa o mistério do início de novas zonas de subdução e torna uma eventual explicação muito mais difícil, porque a crusta oceânica, por ser muito mais antiga, fria, densa e espessa nas margens passivas (onde teria que romper para originar uma nova subducção), é também muito mais resistente a uma cedência desse tipo na periferia do oceano Atlântico.

 

   PROCESSO DE INFEÇÃO DO SUDOESTE IBÉRICO 

 

   Por isso mesmo, os cientistas já antes tinham defendido que as zonas de subdução não podem formar-se de novo a partir da rotura de uma margem passiva. Em vez disso, migrariam a partir de oceanos delimitados por margens ativas para outros onde estas ainda não existiriam, num processo chamado "infeção", que exige menos força para romper a crusta terrestre.

 

   João Duarte e a sua equipa apontam precisamente para a possibilidade de um processo de "infeção" da margem atlântica do sudoeste ibérico por uma nova zona de subdução que se estaria a propagar a partir do Mediterrâneo ocidental, de uma antiga zona de subdução localizada por debaixo do chamado Arco de Gibraltar.

 

   A confirmação desta descoberta através de novos dados geofísicos conduzirá a uma revisão em alta da perigosidade sísmica da região, incluindo em países como Portugal, implicando a adoção de novas medidas de prevenção sísmica mais exigentes por parte dos governos e da proteção civil dessa região.»

 

 

Comentário:

   Esta hipótese, da Europa e da América poderem se juntar em um continente e, consequentemente, o oceano atlântico desparecer, é uma questão que só será verificada daqui a muitos milhares de anos levantando muita curiosidade acerca do que será o nosso (humanidade) futuro. Com esta hipótese há que ter em conta medidas de prevenção sísmica para regiões como Portugal devido a estes movimentos de placas, mais precisamente zonas de subdução.

 

Fonte: http://expresso.sapo.pt/sociedade/cientistas-identificam-nova-fratura-tectonica-na-costa-portuguesa=f814866

Equipa analisa geologia de marte

Fig. 1: Uma nova fratura tectónica está a formar-se ao largo da costa do sudoeste da Península Ibérica, o que significa que dentro de 200 milhões de anos a Europa e a América poderão juntar-se num novo continente e o oceano Atlântico poderá desaparecer.

© 2015 por Jéssica Constantino. Orgulhosamente criado com Wix.com

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