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Evolução biológica

 

Evolução biológica - Variação contínua da diversidade e da adaptação das populações de seres vivos ão longo do tempo. De um modo geral, corresponde a um momento progressivo de complexidade. Assim evolução biológica é o processo pelo qual os seres vivos se diversificaram ao longo do tempo, dando origem às espécies atuais ou já extintas em nosso planeta.

 

Para ser considerado um ser vivo, esse tem que apresentar

certas características:

  • Ser constituído de célula;

  • Buscar energia para sobreviver;

  • Responder a estímulos do meio;

  • Se reproduzir;

  • Evoluir.

 

De acordo com o número de células podem ser divididas em:

  • Unicelulares - Bactérias, cianofitas, protozoários, algas

unicelulares e leveduras.

  • Pluricelulares - os restantes seres vivos

 

De acordo com a organização estrutural, as células são

divididas em:

  • Células Procariontes

  • Células Eucariontes

 

Seres procariontes

   Células procariontes são células que apresentam membrana plasmática, parede celular, citoplasma, e o material genético, denominado nucleoide. Elas não possuem uma fina "pele" que envolve seu núcleo, chamada de envoltório ou envelope nuclear, responsável por manter o material genético reservado. Um possível nome já em desuso, para esta estrutura, é carioteca. Quando a célula não tem esse envoltório, o núcleo, ou o material genético, fica espalhado no Citoplasma.

 

   Não há um sistema de endomembranas, ou seja, não há organelas delimitadas por membranas; as enzimas respiratórias estão associadas à própria membrana celular e o cromossomo é uma molécula única de DNA. Elas possuem também uma organela não membranosa chamada ribossomo, esse ribossomo tem a função de sintetizar fitas proteicas de RNA complementares já existentes a produzir enzimas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seres eucariontes

As células eucariontes, também denominadas células eucarióticas, são consideradas células verdadeiras, mais complexas em relação às procarióticas por possuírem um desenvolvido sistema de membranas.

Esse tipo celular, típico da constituição estrutural dos fungos, protozoários, animais e plantas, apresenta interior celular bem compartimentado, ou seja, uma divisão de funções metabólicas entre as organelas citoplasmáticas: retículo endoplasmático liso e rugoso (RER), mitocôndrias, organoplastos, lisossomos, peroxissomo e complexo de golgi.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual a origem dos seres eucariontes?

 

   Há várias hipóteses para explicar a origem dos eucariontes. Das hipoteses autogenética e endossimbiótica, esta é aquela que, no momento, conta com uma maior adesão dos biólogos. Uma terceira posição procura conciliar as duas hipóteses anteriores.

 

Modelo autogenético

   O modelo autogenético admite que a células eucariótica terá surgido apartir de organismos procariontes por invaginações sucessivas de zonas da membrana plasmática, seguidas de especialização. Trata-se de uma hipotese pouco apoiada e que nao esclarece a causa dos fenómenos que descreve.

 

Teoria endossimbiotica

 

  A teoria endossimbiótica foi proposta por Lynn Margulis, em 1981, e admite que algumas organelas (mitocôndrias e cloroplastos) existentes nas células eucarióticas surgiram graças a uma associação simbiótica. Acredita-se quemitocôndrias e cloroplastos são descendentes de organismos procariontes autotróficos que foram capturados e adotados por alguma célula, vivendo, assim, em simbiose.

 

   A partir dessa teoria, podemos considerar que os ancestrais das mitocôndrias e cloroplastos eram organismos endossimbiontes, ou seja, organismos que vivem dentro de outro organismo. Possivelmente, a célula hospedeira era uma espécie de fagócito heterotrófico capaz de englobar partículas.

Após englobar a célula procariótica autotrófica, ela permaneceu mantida no citoplasma da célula hospedeira sem que houvesse degradação. Os dois organismos, então, começaram a viver em simbiose e, posteriormente, ficaram incapacitados de viver isoladamente. O procarionte provavelmente beneficiou a célula hospedeira com o processo de respiração (mitocôndria) e fotossíntese (cloroplasto), e a célula hospedeira fornecia proteção e nutrientes.

 

Evolucionismo e Fixismo

 

  •    A prespetiva evolutiva que foi sendo descrita desde os seres proariontes até aos organismos multicelulares mantém-se como ideia central na explicação da diversidade da vida e marca a forma como os biólogos observam e explicam o mundo natural.

 

   Mas nem sempre esta visão prevaleceu como ideia dominante na comunidade científica.

   Ao longo dos tempos foram surgindo diversas teorias com o objetivo de explicar a origem das várias espécies de seres vivos. Assim, podem ser consideradas duas grandes correntes de pensamento: o fixismo e o evolucionismo.O fiximo defende que as espécies permanecem imutáveis ao longo do tempo, desde o seu aparecimento. Pelo contrário, o evolucionismo postula que as espécies se vão modificando.

 

Evolucionismo

 

   Evolucionismo é uma teoria elaborada e desenvolvida por diversos cientistas para explicar as alterações sofridas pelas diversas espécies de seres vivos ao longo do tempo, em sua relação com o meio ambiente onde

elas habitam.

  O principal cientista ligado ao evolucionismo foi o inglês Charles Robert Darwin

(1809-1882).

 

   Darwin elaborou sua principal obra a partir de uma pesquisa realizada em várias

partes do mundo, após uma viagem de circum-navegação ocorrida entre 1831 e 1836,

coordenada pelo Almirantado britânico. Nessa viagem, o cientista inglês pôde perceber

como diversas espécies aparentadas possuíam características distintas, dependendo

do local em que eram encontradas.

 

  Darwin pôde perceber ainda que entre espécies extintas e espécies presentes no

meio ambiente tinham características comuns. Isso o levou a afirmar que havia um

caráter mutável entre as espécies, e não uma característica imutável como antes era

comum entender. As espécies não existem da mesma forma ao longo do tempo, elas

evoluem. Durante a evolução, elas transmitem geneticamente essas mudanças às

gerações posteriores.

 

   Entretanto, para Darwin, evoluir é mudar biologicamente (e não necessariamente se

tornar melhor), e as mudanças geralmente ocorrem para que exista uma adaptação

das espécies ao meio ambiente em que vivem. A esse processo de mudança em consonância com o meio ambiente Charles Darwin deu o nome de seleção natural.

 

   Uma polémica constante na teoria evolucionista está relacionada com os seres humanos. No que se refere à evolução de homens e mulheres, o evolucionismo indica que nós temos um ancestral comum com algumas espécies de macacos, como o chimpanzé. Pesquisas recentes de decodificação do genoma indicam uma semelhança de 98% entre os genes de seres humanos e chimpanzés. Porém, isso não quer dizer que o homem descende do macaco. Indica apenas que somos parentes.

 

Assim, de acordo com as teorias evolucionistas, os seres vivos da actualidade são o resultado de transformações lentas e graduais dos seres vivos do passado.

 

Fixismo

 

   O fixismo, tal como a palavra indica, considera que as espécies são fixas, permanecendo

imutáveis ao longo do tempo sem se modificarem. As hipóteses fixistas de imutabilidade

consideram que as espécies permanecem iguais desde o momento em que surgiram até aos

dias de hoje.

   Fixismo era uma doutrina ou teoria filosófica bem aceita no século XVIII. O fixismo propunha

na biologia que todas as espécies foram criadas tal como são por poder divino, e

permaneceriam assim, imutáveis, por toda sua existência, sem que jamais ocorressem

mudanças significativas na sua descendência. Um dos maiores defensores do fixismo foi o

naturalista francês Georges Cuvier.

 

 

Lamarkismo e Darwinismo

 

Lamarkismo

 

   Antes que a teoria da evolução de Charles Darwin fosse aceita como correta pelo meio científico (e isso só aconteceu uns cem anos depois de sua morte) vários outros pesquisadores (alguns nem tanto...) criaram teorias para tentar explicar a evolução dos seres vivos. Um deles foi Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet (1744-1829).

 

   Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet também conhecido como Chevalier de Lamarck, o

naturalista francês que ainda estudou medicina, física e meteorologia, publicou a teoria que

hoje chamamos de “lamarckismo” no seu livro “Philosophie Zoologigue” (1809)

 

Lamark, um intelectual pouco valorizado no seu tempo, foi professor no Museu de História

Natural, em Paris, e não só defendeu ideias evolocionistas como apresentou uma explicação

coerente acerca da origem das espécies. As ideias de lamark para expliar a existência da

evolução, podem resumir-se em dois príncipios fundamentais: 

  • Lei do uso e do desuso

  • lei da herança dos caracteres adquiridos.

 

          Lei do uso e do desuso

- no processo de adaptação ao meio, o uso de determinadas partes do corpo do organismo

faz com que elas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem, ou seja, de acordo

com esta lei, a necessidade de um órgão em determinado ambiente cria esse órgão e a

função mudifica-o, isto é, a fução faz órgão. Se um órgão é muito utilizado, desenvolve-se,

tornando-se mais forte, vigoroso ou de maior tamanho, se pelo contrário, esse orgão não

se usa, degenera e atrofia.

          Lei da herança de caracteres adquiridos

- alterações no corpo do organismo provocadas pelo uso ou desuso são transmitidas aos descendentes; De acordo com a herança dos caracteres adquiridos, os organismos, pelas necessidade de se adaptarem ao ambiente, adquirem modificações durante a sua vida que passam aos decendentes. A adaptação é progressiva e um organismo pode desenvolver qualquer adaptação, desde que seja necessária.

 

Darwinismo

 

   Segundo o darwinismo, apenas os mais aptos sobrevivem, transmitindo as suas características mais favoráveis.Darwin conseguiu demostrar, através da teoria da  seleção natural, que os indivíduos mais fortes e adaptados de uma espécie tendem a alcançar mais facilmente a fase adulta e gerar novos indivíduos com estas características favoráveis ao desenvolvimento. Os mais fracos ou com características pouco favoráveis para o desenvolvimento, tendem, com o passar do tempo, a desaparecer. Desta forma, sobrevivem os mais aptos da espécie, transmitindo seus caracteres através da hereditariedade.

   De geração em geração são acumuladas pequenas variações que, a longo prazo, podem dar origem a novas espécies.

 

  • Assim o darwinismo é uma teoria evolucionista, proposta por Charles Darwin, em 1859, que tenta explicar a evolução dos seres vivos. Esta teoria defende que as espécies existentes evoluíram a partir de formas ancestrais mais simples, por um processo de seleção natural que originou a grande variabilidade existente entre as espécies atuais. O fundamento principal do darwinismo é a seleção natural, que funciona como o mecanismo essencial que dirige a evolução das espécies

 

   A característica que mais distingue o darwinismo de todas as outras teorias é que a evolução é vista como uma função da mudança da população e não da mudança do indivíduo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A teoria de Darwin centra-se em alguns pontos fundamentais:

  1. Os seres vivos, mesmo os da mesma espécie, apresentam variações entre si.

  2. Em cada geração uma boa parte dos indivíduos é naturalmente eliminada, porque se estabelece entre eles uma «luta pela sobrevivência», devido à competição pelo alimento, pelo refugio, pelo espaço e à capacidade de fuga aos progenitores.

  3. Sobrevivem os indivíduos que estiverem mais bem adaptados, isto é, os que possuírem as caracteristicas que lhes conferem qualquer vantagem em relação aos restantes, que ao longo do tempo serão eliminados progressivamente.

  4. Os indivíduos mais bem adaptados vivem durante mais tempo e reproduzem-se mais, transmitido as suas caracteristicas á descendência, enquanto os menos adaptados deixam menos descendência. Há, pois, uma reprodução diferencial.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com a imagem acima posso identificar que a figura A está relacionada com o Lamarkismo e a figura B com o Darwinismo.

  • A figura A mostra que as girafas tem a necessidade de aumentar o tamanho do pescoço para assim se alimentarem, sendo que o esticar permanente do pescoço para chegar ao alimento faz aumentar o seu tamanho.

  • A figura B mostra as girafas que possuíam os órgãos mais desenvolvidos tinham acesso mais fácil ao alimento, estando mais bem adaptadas, isto é, sobreviviam melhor e reproduziam-se mais. Deste modo, aumentariam o seu número na população relativamente ao número de girafas com o pescoço curto. A seleção natural favoreceu as girafas bem adaptadas a um ambiente onde o alimento se situava em zonas mais altas.

 

Neodarwinismo

 

   O Neodarwinismo é a teoria evolutiva atualmente aceita por toda a comunidade científica. O início do século XX é inaugurado com o redescobrimento das leis de Mendel e marcado pelo desenvolvimento da genética. Isso permitiu aos cientistas conhecer e compreender os mistérios das variações que Darwin nunca soube explicar, o papel desempenhado pelos cromossomos e os princípios das mutações que levam às variações.

  Em 1942, surgiu ma teoria denominada de teoria sintética da evolução, também chamada de neodarwinismo e até de teoria moderna da evoluçao.

  O neodarwinismo baseia-se na teoria proposta por Darwin e reconhece como principais fatores evolutivos a mutação, a recombinação genética e a seleção natural

 

A seleção natural:

   A seleção natural é um fator evolutivo que age sobre as variações da população. A seleção favorece os indivíduos mais bem adaptados, aqueles que têm maior probabilidade de sobreviver e produzir um maior número de descendentes. Dessa maneira, a seleção natural tende a selecionar genótipos bem adaptados a uma determinada condição ecológica, eliminando os que têm desvantagens.

A seleção natural é, portanto, o fator diretivo da evolução.

 

Mutações:

   A diversidade tem como fonte primária a ocorrência de mutações e tem como fonte mais próxima a recombinação genética.

Assim, as mutações são uma fonte primária de variabilidade genética, introduzindo, em regra, novos genes ou alterações nos genes existentes e, portanto, novas caracteristicas nos indivíduos.

 

Recombinação genética:

    Recombinação gênica é o rearranjo de genes de indivíduos já existentes em uma população que ocorre durante a formação dos gametas nos organismos de reprodução sexuada. Embora a mutação seja a única maneira de surgir um gene novo na população, é através da recombinação que os genes se organizam em novas combinações nos indivíduos sobre os quais atua a seleção natural.

Principais mecanismos que promovem o aparecimento de novas recombinações: segregação independente dos cromossomos e a ocorrência de permutação ou crossing-over, fenómeno que ocorre durante a meiose.

 

A unidade evolutiva é a população, isto é, um conjunto de indivíduos da mesma espécie que vive num determinado local e ao mesmo tempo.

Define-se como fundo genético o conjunto de tosos os genes presentes numa população num dado momento.

Bibliografia

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Fig 15: Exemplo - Cogumelo ser eucarionte pluricelular do reino fungi

Fig 14: Exemplo - Cianobactérias - algas azuis - ser procarionte

Fig 13: Evolução do seres vivos

Fig 17: Georges Cuvier (1769-1832)

Fig 18: Jean – Baptiste Pierre Antoine de Monet (1744-1829) - Lamark

Fig 19: Caricatura publicada na revista Hornet, onde Darwin é retratado como um macaco.

Fig 19 e 20: Em 1859 Darwin publicou o livro “Origens das espécies”, que esgotou em um único dia, os 1250 exemplares. O volume é todo ele um longo argumento a favor de sua teoria da evolução, o que desencadeou muita controvérsia.

Fig 20: Caricatura de Charles Darwin como um macaco na capa do La Petite Lune , uma revista satírica parisiense de 1878 .

Fig 21 e 22: Estátua de Charles Darwin no Museu de História Natural de Inglaterra.

Fig 16: Charles Robert Darwin (1809-1882)

Fig 23: Lamarkismo e Darwinismo respetivamente (A e B)

Bibliografia

© 2015 por Jéssica Constantino. Orgulhosamente criado com Wix.com

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